A boca é úmida e cheira a cerveja.
Os lábios meio rachados entram em contraste,
com as bochechas rosadas
e o riso alto do bar.
Ela sorri como se o mundo estivesse aos seus pés.
Não enxerga o desastre que realmente é.
Entretanto,
quem observa,
vê os olhos revirados de vez em quando,
nota a tristeza que
também habita aquele corpo bonito.
Não sou boa petiza,
mas vi poesia naquela moça.
Ela era linda,
e além do poema,
me rendeu uma noite inesquecível.